Diário de Santa Maria
Ministério Público pediu cassação do prefeito e seu vice
O prefeito reeleito de Lavras do Sul, Paulo Alcides Vidal de Souza (PP), e o vice-prefeito eleito, Paulo César Moreira dos Santos (PP), correm o risco de perder o mandato conquistado no dia 5 de outubro, devido à denúncia do Ministério Público (MP) por suposta compra de votos. A audiência será realizada hoje (ontem 13/01) no Fórum da cidade para ouvir os dois políticos, um dos coordenadores de campanha e ainda as testemunhas.
Segundo a denúncia do promotor Francisco José Borges Motta, o prefeito teria comprado o voto de um eleitor em troca de uma máquina de cortar grama. O Ministério Público pede a cassação do prefeito e do seu vice, mais o pagamento de multa.
A promotora substituta em Lavras do Sul, Cíntia Foster de Almeida, diz que o MP juntou diversas provas durante a investigação. De acordo com a promotora, há uma gravação do prefeito, depois das eleições, dizendo para o eleitor que a máquina de cortar grama dele estaria garantida.
– Foi feita toda uma investigação durante o período eleitoral e reunidas várias provas – afirma a promotora.
Conforme o prefeito Paulo Alcides Vidal de Souza, que disse falar por ele e por seu vice, as denúncias foram inventadas. O chefe do Executivo alega estar sofrendo perseguição política. Segundo Souza, depois que terminara as eleições, ele teria sido alvo de mais de 20 denúncias, mas a maioria teria sido arquivada.
– Inventaram um monte de coisas. As pessoas veem uma coisa e dizem que é outra. Filmam os carros da prefeitura para saber onde estão indo. Não se conformaram de ter perdido a eleição – argumenta Souza.
O juiz eleitoral Felipe Valente Selistre irá ouvir os três denunciados e as testemunhas para, depois, decidir se cassará ou não os eleitos. Tanto o Ministério Público quanto os acusados poderão recorrer da decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
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